Mulher no jardim das flores, de Gary Braasch, fotógrafo estadosunidense. http://www.braaschphotography.com/pages/foodgarden.html |
esvazie as gavetas de memórias carcomidas pelas traças
recuse à trágica dama Mentira o direito da última valsa
máscaras de ontem já não servem e não protegem mais
dirija sem temor para outro lugar que queria ter visitado
a direção oposta lhe convida e pode ser muito atraente
há tanta gente nova que aguarda ansiosa um novo você
agora que já sabe que o engano era imaginar-se certo
destrone o absoluto imperador da ilusão que alimentava
pois como era o mundo antes, nunca mais poderá ser
não tenha piedade alguma de quem pode lhe sangrar
não ouça os sussurros de quem lhe implora a voltar
não ofereça flores aos fantasmas que habitam ao redor
eles não podem sentir o odor
Alessandro de Paula
@palavratomica
5 comentários:
O novo veio para as máscaras demolirem. Caber o antigo não ganha verso. O carnaval vem estontear o corpo poético para inaugurar uma ressaca desperta. Irrompa, suas palavras são vorazmente audiveis, querido Alê!
Abraços e paz, Leo.
Claro, a foto é belíssima, faz jus ao poema, mas pela leveza que ele cria por termos lindo o que nos moveu aqui.
Obrigado, Leo, pelas palavras tão ricas a respeito desta simplória obra. Abraço pra ti! E paz também, lógico! :)
Alezinho, noooossa, parece escrito pra mim rsrsrs. Lindo demais e pertinente. Meu beijo especial, meu querido poeta!!!
Lai Paiva
Laine, penso que cabe pra você, pra mim... pra todos nós. Um poema universal. Eh eh eh!
Beijo, linda!
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