de uma angústia impenetrável
deixamos partes de nós tais sementes
que viajamos sem mesmo saber como
voltamos aos dias que nos lembramos sidos
perdemos as asas de nossos sonhos
quando abrimos janelas para o medo entrar
e somos os outros que desejamos de perto
coloco no centro da minha palma
a alma que tomo neste dia velejado
fui caminhando de olhos fechados
cheguei perto do silêncio revelando-me a verdade
crua é a sina de quem ama solitário
o desencontro mora no brilho que não recebe para si
há delicadamente dor e não invade o poema a ser escrito
permanece no afeto que morreu na véspera
2 comentários:
É sina do poeta amar solitário?
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