sábado, 3 de março de 2012

Desarranjo





mundos que somos todos
de uma angústia impenetrável
deixamos partes de nós tais sementes
que viajamos sem mesmo saber como


voltamos aos dias que nos lembramos sidos
perdemos as asas de nossos sonhos
quando abrimos janelas para o medo entrar
e somos os outros que desejamos de perto


coloco no centro da minha palma
a alma que tomo neste dia velejado
fui caminhando de olhos fechados
cheguei perto do silêncio revelando-me a verdade


crua é a sina de quem ama solitário
o desencontro mora no brilho que não recebe para si
há delicadamente dor e não invade o poema a ser escrito
permanece no afeto que morreu na véspera




2 comentários:

Francisco Xavier disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Francisco Xavier disse...

É sina do poeta amar solitário?