"Céu Suspenso", por Leonardo Valesi Valente (2008)
Ninguém há
que devaresponder
aos meus apelos
Não sou um outro
que deva
seguir
seus impedimentos
Somos livres
a caminho
dos nossos
próprios desígnios
Temos nos passos
uma presença
do que nos fazemos
ser únicos
Encontro-me diante
do outro
por quem me perco
sem ver a reta
Desloco o meu partido
volto-me para um abismo
e tenho no escuro
todos os gritos de medo
Acalmo por dentro
escolho refazer a lei
inscrevo-me
no devido espaço que tenho
Sou meu guia
que destemido
preciso me levar
no dia quando decidi por mim
Caminho no percalço
das lástimas
que me detive tão ferino
encontro um outro olhar
Sei me ter no porvir
acompanho os gestos que fiz de mim
entrego-me leveza
atribuo ao mundo meu distanciamento
2 comentários:
amigo Léo, quanto sentimento, quanta profundidade!
ainda estou acompanhando uma personagem no palco, no centro de tudo, como adoraria dar-lhe um abraço, acariciar-lhe a fronte e dizer: não tenha medo. O sol sempre volta, as lágrimas um dia secam e restarão os aprendizados e a confiança em si próprio!
Aprendiz
Postar um comentário