terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Pêssego

Amarelo-pêssego, por Wagner Campelo





Enquanto eu o saboreava,
Ele me devorou.
Seu caroço, meus ossos...
Somos tão parecidos,
Por dentro!


                                                                     Mara Medeiros

4 comentários:

Leonardo Valesi Valente disse...

Cores igualmente lindas: a do sentimento, a de quem escreveu, o que foi escrito, o que meu olhar aqui se perdeu. Amei! Bjs Mara...

Mara Medeiros disse...

Leo, você não existe! Obrigada, querido.

Ani Almeida disse...

Uau!
Juro, sempre procurei a poesia num pêssego (fruta favorita) mas jamais encontraria algo próximo ao que escreveste, simplesmente lindo!

Anônimo disse...

"Enquanto eu o saboreava,
Ele me devorou."

Pês, pede, pês impede,
pês tudo pede, nada impede.
Pês é cego? Não! Pois, também se come os olhos...
E de todo pês é sabor
que pês sacia a fome do corpo e alimenta a alma "por dentro!"
que floresce e frutifica, "tão parecidos",
do Pês e Ego...

Cara Mara Medeiros, primeiramente deixo-lhe meus parabéns por sua luz poética que tão agradavelmente irradia dos seus escritos. Em segundo, peço-lhe desculpas pela intromissão em escrever palavras tão enxeridas quanto vazias sobre o seu poema. Explico-me, é que o seu "Pêssego" insinou-se-me tão belo e suculento quando eu andava por esses caminhos que não resistir à visão tentadora do pessegueiro que muito placidamente debruça seus galhos sobre o murinho baixo...

No mais, desculpas e saciado, com a promessa ou tentação de voltar mais vezes. Bons dias.