a ausência
se refaz ao ninho esquecido
a causa que era morada
rompeu-se no meio do caminho
de repente
o apego é o sentido
que vigora por dentro
dos passos que desaprendeu
o poema
que liberta o afeto inacabado
empresta um chão raso
uma chuva rasgando memória
tem inércia
por desacreditar à alma ressecada
o olhar do poeta adoeceu
carrega nele a dor que embala seu bardo
2 comentários:
Lindamente Lioh.
A ausência dói beleza e poesia.
Beijo.
Leozinho, a dor expressa é tão admirável quanto a ausência dela... Lindo poema, como sempre!
Beijos meus,
Lai Paiva
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