segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Impureza






a ausência
se refaz ao ninho esquecido
a causa que era morada
rompeu-se no meio do caminho

de repente
o apego é o sentido
que vigora por dentro
dos passos que desaprendeu

o poema
que liberta o afeto inacabado
empresta um chão raso
uma chuva rasgando memória

tem inércia
por desacreditar à alma ressecada
o olhar do poeta adoeceu
carrega nele a dor que embala seu bardo




2 comentários:

Mara Medeiros disse...

Lindamente Lioh.
A ausência dói beleza e poesia.
Beijo.

Anônimo disse...

Leozinho, a dor expressa é tão admirável quanto a ausência dela... Lindo poema, como sempre!

Beijos meus,

Lai Paiva