Certas coisas me controlam.
Não sei de mim senão o que me dizem.
Estou em suas mãos.
Erro a mão.
Mãos atadas.
Imposições me estiolam.
Continuo aqui deixando que me pisem.
Meus passos são vãos.
Acho um vão.
Mãos atadas.
As algemas me esfolam.
Debato-me, sim, ainda que me gritem.
Eles verão.
É verão.
Mãos atadas.
Mara Medeiros
3 comentários:
Adorei por me identificar e me encontrar em alguns versos seus Mara.
Beijos mil,
Lai Paiva
Esta moçamara tem a mão solta para escever
E o coração aberto para amar o mundo
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