sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Viajante




de olhos cerrados
um mundo por fora
desbravar o dia
com a cor que elejo ser
um toque se faz ponte
e os muros desço por andar sobre
alcanço um pássaro
chamo por perto toda gente que amei
reencontro os dias antes da partida
alivio o corpo numa leveza de vôo
dançar a música que nasce na árvore
viajar ao sonho concedido de espera
e não abrir os olhos
deixar na alma a poesia de liberdade
ser um outro que não me aprendi ainda
ter efeitos ao ser amado
sentir-me um par
encontrar paz ao lado de quem fica
escolher abrir os olhos quando as mãos se atarem
descubro que posso quando me viajo



4 comentários:

Alessandro disse...

Leo, pus na mente que estes versos são o cantar matutino de um pássaro. Sim, tive que recorrer à natureza para poder exaltar a beleza destes versos.

Obrigado! :)

Anônimo disse...

Leozinho, fascinada pelos versos seus... Especialmente por esses: "ter efeitos ao ser amado
sentir-me um par".

Beijo meu,

Lai Paiva

Cristian disse...

Leo, Olá meu caro poeta amigo!

Liberdade... eis o que vejo quando me ponho a voar em versos... aonde mais eu conseguiria tal liberdade?
Um forte abraço!

Até mais...

Mara Medeiros disse...

"descubro que posso quando me viajo"

Onde a liberdade senão viajando nas asas da tua poesia?
Cada verso teu é chave que liberta o outro para se aprender.
Obrigada, meu querido, por na sua vida me deixar ser.