segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Influências





Certas coisas me controlam.
Não sei de mim senão o que me dizem.
Estou em suas mãos.
Erro a mão.
Mãos atadas.

Imposições me estiolam.
Continuo aqui deixando que me pisem.
Meus passos são vãos.
Acho um vão.
Mãos atadas.

As algemas me esfolam.
Debato-me, sim, ainda que me gritem.
Eles verão.
É verão.
Mãos atadas.

                                                                                                                                            Mara Medeiros

3 comentários:

Anônimo disse...

Adorei por me identificar e me encontrar em alguns versos seus Mara.

Beijos mil,

Lai Paiva

Toninho Araújo disse...

Esta moçamara tem a mão solta para escever

Toninho Araújo disse...

E o coração aberto para amar o mundo