Olhar infrene
Busca, não impunemente,
O céu das horas vazias
Peito acelerado,
Percorre espaços vãos, obtusos,
Em ritmo desgovernado.
Mão ligeira
Entre lentidão e pressa,
Entre traços e pontos.
Hífen deposto
No meu dizer descometido
Que rouba o traço do conforto,
Para mais ainda ajuntar,
Sem espaço qualquer,
A distância hifenizada
Que deveria manter-se
Segura e confortável,
Na palavra amorperfeito.
Mara Medeiros
Um comentário:
O céu das horas vazias
Preenchido todo de poesia
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