sábado, 17 de dezembro de 2011

Destoantes de Si Mesmos




A fome da solidão
É sina num mundo
Que acontece ao esquecimento

À sombra da ausência
Despedaços das vidas
Que foram embora sem colheita

Calam nas ruas, nossos poetas
Em meio às gentes feitas
De perdição que lhes entrega dores

E profanam os amores, vão fugitivos
Que caminham à beira do sufoco
Olham para a chuva que não ameniza seu choro



2 comentários:

Mara Medeiros disse...

Leo,
De poesia o poeta alimenta a solidão alheia
e transita ele mesmo solitário por entre as gentes
buscando alento para a própria dor.
Ai de nós, os poetas, se não pudéssemos contar uns com os outros na nossa solidão sem chuva...
Beijo, amigo, bela poesia.

Toninho Araújo disse...

Manter-se harmonia
equilirante
equilibrante
dia a dia