Xochiquetzal, deusa asteca da natureza. Por Cathy Delanssay, aqui. |
Adeus, deusa. Adeus.
Nunca mais sua beleza em lugar algum.
Não na face ou silhueta
nem no retrato manchado por algum acidente de percurso.
Ofereça ao deus morto o seu vazio
que todos possuem.
Ninguém deseja, deusa. Tampouco eu.
Ninguém preenche este vazio,
tão melhor que a pretensiosa fantasia.
Sua fantasia, deusa, não é mais visível.
Não deixa saudade porque já foi tragada pelo últim*
Alessandro de Paula
@palavratomica
5 comentários:
Despedida tão linda Alezinho. Dolorosa, talvez, mas linda. Poesia inebriante! Beijos mil, querido.
Lai Paiva
É poema antigo, Lainezinha. Porém, achei tão fiel a uma situação recente, que não pude deixar de postá-la... eh eh eh!
De qualquer forma, estamos vivos e andamos com nossos sapatos. Ou descalços.
Beijo pra ti! :)
Engraçado como algum poema antigo acaba por se tornar atual. Esse movimento cíclico é interessante, mesmo que seja desconfortante. Acaba por reafirmar a poesia que brota de nós. Lindo, lindo, lindo, meu querido!
Beijos meus
Não é desconfortável, Lainezinha. É arte. De certa forma, sugamos essa dor e a transformamos em arte. Somos vampiros de nós mesmos, às vezes.
E arte é algo que vc bem sabe fazer, meu querido! Beijos meus!
Lai Paiva
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