terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Do nada ao risco (ou poema de amor sem risco algum)


O desejo dos tímidos
é qualquer coisa
que não é amor,
senão explodiria.

Porque amor, pra ser o que é,
explode.

Ele sempre se dá,
ainda que não seja retornado.

É compreensão
e também o desejo
da posse. Mas se não há a manifestação do desejo,
o que é?

Ilusão paupérrima,
penúria da alma.

O sujeito implode
e recolhe ruínas silenciosamente.

O que não ama está morto.
Mantém os olhos fechados
pras maravilhas
e também pro que é mesquinho e feio.
É seguro. A morte é segura.

Hoje urge amar alguma coisa.
Ou pessoa.
Hoje urge amar ao máximo, ao limite.
Mesmo o lugar-comum destas palavras.

Vida é risco.
E assim é melhor.
Por isso rabisco lugares-comuns no papel
e vou do nada ao risco.

Também assumo a importância
de retornar do risco ao nada.
Pra tomar fôlego.
Pra seguir com o espetáculo.
Dia após noite, noite após dia.

Hoje urge amar.

Alessandro de Paula
@palavratomica



Comemorando um mês de Coletivo. 

Parabéns a todos nós, que não deixamos a Poesia num leito de hospital, respirando por aparelhos. 

Fazemos da Poesia esta bela moça, cheia de encantos, saudável, atlética, capaz de vencer uma maratona, ganhar uma medalha olímpica. 

Isto se chama revolução. E prossegue em curso.

Que os outros meses sejam ricos como foi este que passou. 

Beijos e abraços revolucionários,  queridos amigos.

6 comentários:

Anônimo disse...

Estamos comemorando esta grande alegria na história de nossa conquista conjunta! Paz, força nessa amizade, honra desse espaço!!! Muito feliz, amigo Alê.

Anônimo disse...

Alezinho, meu amorzinho/amigo, lindos versos. Ricos e intensos, como o que vem de vc sempre. Adorei especialmente:
"Ele(o amor) sempre se dá,
ainda que não seja retornado"
Foi mais ou menos o que dissemos outro dia, não é mesmo?

Feliz por nosso primeiro mês juntos aqui no coletivo, ao lado de tantos parceiros incríveis, unidos com o objetivo comum e louvável de poetisar cada sentir ou ausência dele, cada vivência, cada experiência, cada amor ou desamor.
A poesia nos unirá para sempre e isso me faz uma pessoa maior e melhor.
Muito obrigada à todos e um beijo meu em cada um.

Lai Paiva

Mara Medeiros disse...

Sem fôlego, leio e releio todos os riscos.
Que poema lindo, Alessandro!
All(e)we need is your love!

Cristian disse...

Sensacional poema para brindar essa data!!! Parabéns, Alessandro!

Urgimos ao amor!

Beijos e Abraços e um feliz Natal a todos!

Cristian

Toninho disse...

Tão bom como quando o vi em suas notas de Facebook

Alessandro disse...

E isso, gente. Amor para todos!

Amor e revolução!

Beijabraços! :)