terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Revolucionário (Mãos Cortadas)




desacertando
inventando movimento
nos meus pés lá no céu
decaindo-me numa chuva de melancolia
abrindo meu olho num abraço com o cosmos


arrancando
as braçadeiras que me corrompi de temer
erradicando sombras que me apedrejaram
enveredando-me todas as fronteiras do que me gritava sem crivo
arrebatarei as mordaças que amarraram meu vôo
com o sopro que dou no tiro do silêncio


temporizar
as camadas que inebriam minha pele
com o suor dos sonhos que me gotejei sobrevivente
no meio dos avisos que dei à minha ausência
corrompi-me sem ter freios
aos delírios do meu verso liberta.dor


acariciar
os apegos que me tive de véspera
consumi-los com a morte que me quis percorrido
refeitura de sonhos para adiar a obra que virei meu revolucionário
e encerrar-me ao aflito do medo que não me criei
aprendi voltar sem olhar para o alvo que agora não toco




3 comentários:

Leonardo Valesi Valente disse...

01 mês de Coletivo Revolucionário!
09 autores solidários à transgressão lírica,
4625 acessos e leituras interativas,
102 poemas publicados + esse meu de agora...
E só falta você aqui, vamos conosco?
Um abraço de paz...
#REVOLUCIONÁRIOS Poesia é Revolução.

Anônimo disse...

Leozinho, coisa querida, feliz em estar aqui com vcs, fazendo parte desse grupo especial de poetas. Um presente, de fato!

Que belo poema. Expressivo como vc sempre o é. Lindamente!
Beijos mil

Lai Paiva

Toninho Araújo disse...

Continue sem freios, Valesi Valente.