Fotografia: Enigma - Francisco de Assis Xavier Neto
Quem me inscreveu, assim, tamanha falta?
Que desconheço amor que me preencha
E passo a vida percorrendo a minha vida
E não encontro
E não encontro
E não encontro
Quem me organizou neste mundo que é só lei?
Que tanta norma tolhe o meu desejo
E passo a vida entre nãos e impedimentos
E não localizo
E não localizo
E não localizo
O sangue verve, montanha percorrida
Em leitos secos, sangrentos de agonia.
Inscrita no mundo, desafio minha existência
De experiência
Em experiência
Em experiência
Lateja dentro o desejo palpitante
Nada no mundo preenche este segredo
De amor completo que um dia vivenciei,
Mesmo assim amo
Mesmo assim amo
Mesmo assim amo
Por isto corro o mundo, coração vadio,
De porto em porto, vago sem destino
E não encontro
E não localizo
Na experiência...
Mesmo assim amo.
Mara Medeiros
"Quem te inscreveu assim tamanha palavra
Que desconhece poesia que te caiba?
E passo as linhas procurando alguma vida
E sempre encontro
E sempre encontro
E sempre encontro"
Toninho Araújo
Que desconhece poesia que te caiba?
E passo as linhas procurando alguma vida
E sempre encontro
E sempre encontro
E sempre encontro"
Toninho Araújo
4 comentários:
Nossa Mara, forte, pulsante, vivo. Belo poema.
Beijão
Lai Paiva
Ao menos o desejo tolhido é convertido em poesia. Ao menos.
Que versos, Mara! :)
Um beijo!
Quem te inscreveu assim tamanha palavra
Que desconhece poesia que te caiba?
E passo as linhas procurando alguma vida
E sempre encontro
E sempre encontro
E sempre encontro
Toninho Araújo
Gente, beijo grande e agradecido!
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