Desato em mim o que sobrou dos nós
e o que ficou de nós.
E sustento meu laço
numa fita só
de um lado só
e que não prende
porque agora é pó.
Do adeus que nunca existiu,
vejo que nós nunca fomos nós.
Apenas pronomes
singulares e complexos
sem amarras, sem anexos.
E eu me culpo.
Porque agora,
como foi a toda hora,
cada um de nós
longe e quase sem voz
ficamos mais uma vez sós.
Luciana Pimenta
@lulypim
5 comentários:
Lu, quanto sentimento, quanta exatidão desse sentir. Lindo, comovente. Simplesmente ADOREI! Parabéns, minha querida! Um beijo = )
Ah, esqueci de assinar... Lai Paiva
Obrigada, Laine!!!
;)
Tenho um poema antigo e longuinquamente parecido com este. Só que era muito "verde".
Lendo o seu, Lu, dá a impressão de que leio o poema que gostaria de ter escrito.
Beijo pra ti! :)
Quase sem voz, ainda com palavras, ela
Toninho Araujo
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