sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Um habitante, um vírus, um alvo


ela, monstruosa, abre seus braços e bocas.
esmaga e devora.
não há piedade.
sem tempo para sentimentos.

ela, acintosa, assusta-me toda veia e artéria.
sucos e sangues.
rompe a espinha.
compromete os movimentos.

resta-me
paciência
para

para! não, não para, porra!

observar
o que
sobra de
humano em
cada um,
cada vírus
neste
organismo       ???????????      este
corpo
tenta
matar-me e
seguramente
o fará,
depositando
-me
em um
campo santo
qualquer.    não    haverá    memória    suficiente    ao    insignificante    habitante
                       esta
                       é minha
                       amante.
                       eu a odeio,
                       mas não
                       posso
                       desv
                       encil
                       har
                       -
                       m
                       e
 .ercassam oa iemutsoca em áj E .surív mu euq siam omsem uos oãn ,icsan euq me edadic aN.

Alessandro de Paula
@palavratomica

5 comentários:

Anônimo disse...

Alezinho, coisa querida de Lai rsrsrs, adorei essa escrita contundente. Forte, expressiva.

Beijos meus,

Lai Paiva

Coletivo Revolucionário disse...

Os versos feitos vias. E a cidade em que ninguém se entende (tá, talvez seja um exagero meu), por isso o último verso (a última frase?) não é legível sem a ajuda de um espelho.

Obrigado, Lainezinha, pelas palavras. Beijos pra ti! :)

Mara Medeiros disse...

Oh, que alguma coisa aconteceu no meu coração...
beijo, Alessandro.
Gostei demais.

Alessandro disse...

Ipiranga com São João, Mara? Eh eh eh!

Que bom que você gostou. Beijão procê! :)

Anônimo disse...

Amigos, as palavras recolhidas neste escrito foram testemunhas do que viveu. Pude tocá-las, mas vi que eram vivas de você. Admirei a força com que as imprimiu aqui.