domingo, 11 de dezembro de 2011

Um ponto.


                                                                                   


Um ponto.
Solidão na massa
Olha atordoada
E pronto!
Saudade
Forte como a morte,
Frágil como a sorte
Invade.
Parece...
Como sempre ilude,
(será uma virtude?)
Que esquece.
Mentira!
Massa indiferente,
O ponto impotente
Se agita.
Em vão.
Saudade transborda,
Coração acorda:
Solidão.

                                                                                                                                               Mara Medeiros

4 comentários:

Toninho Araujo disse...

Mara, um ponto poético achado na multidão

Anônimo disse...

A saudade, no ponto de incidência do Real, fez caminhos antagônicos e possíveis: um deslocamento subjetivo impossível de ir adiante e uma escrita irrefreada de projeção para o belíssimo que te li daqui. Conseguindo assim, fez com que lêssemos que também possamos a esse ponto. Que nunca é final, nem ousaremos.

Anônimo disse...

Sonante e belo, Mara. Lindo!

Beijos mil,

Lai Paiva

Mara Medeiros disse...

Toninho, meu amigo, Somos nós poetas uma multidão de pontos...

Leo, Multidão de pontos infinitos, jamais finais.

Lai, Pontos sonantes que entoam poesia.

Obrigada, queridos.