quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Infante





foi encontrar
um resto de beleza
na esquina
bem pertinho
de onde seu olho
virou-se para dentro
nunca mais
tinha saído
de lá
e escutou uma voz
dizendo fundo:
- tem sempre algo além,
ainda é possível se encantar!

pegou a asa
dobrou seu rumo
caminhou nas nuvens
pousou no mar
teve um aprumo
tão longe
da dor ausente
que matando a fome
no espelho
solitário
ainda acreditou:
- ser um mesmo
que não me esgoto de partidas
e alcançar assim o meu sossego...


6 comentários:

Cristian disse...

Essa voz que vem de dentro...
...os olhos ouvem quando ao virar pra dentro, enxergam a riqueza que o externo nos esconde. A poesia embeleza o externo que os olhos não ouvem, apenas enxergam.

Abraços.

Anônimo disse...

Cristian, seu olhar tem meios de valorizar um sentimento próprio de poeta, o de nos contagiar com as palavras. Obrigado, carinho meu amigo.
Leonardo.

Anônimo disse...

Cris sempre acrescenta mais brilho aos versos de todos nós, né Leo? E que brilho tem este seu poema, meu querido. Também não me esgoto de partidas e delas também hei de compòr versos assim, lindos como os seus. Beijos meus!
Lai Paiva

Anônimo disse...

Ag Lai, assim vc me emociona... Rindo de tamanha emoção: meu agradecimento maior!
Bjs, Leo.

Alessandro disse...

Alessandro gosta do que lê, absorto que está pela mágica nostalgia que emana destes versos. :)

Anônimo disse...

Obrigado, querido amigo, você me leu com o seu dom de alcançar o belo! Obrigado por emprestar o olhar no que me leu.