terça-feira, 22 de novembro de 2011

O nada, o algo, a nova vida

Imagem de feto durante 9ª ou 10ª semana.
Autor: lunar caustic.

AUSÊNCIA
após a ilusão,
o que cabe?

não, não conhecia solução.
fora despido...


PROPOSTA
então, um passo se impunha.

aceitação da ausência,
do seu nada sem medida,
para construir algo
que sequer imaginava que forma teria.

aceitaria ou não a ausência e a proposta?


GÊNESE
foi assim que começou outra vez:
pés descalços, o chão frio
caminho vazio, nada em toda a casa.
nem roupas nem paredes
janelas, portas... não mais.

nudez perante o mundo
nem o mundo

quanto vazio cabia neste nada?

uma gênese.

sons se formam
procurando as palavras
que buscam o sentido
na forma de uma frase.

fez-se então a luz
e novamente um nascimento.
reveste-se.

que vida irá ser vivida?
surgirão outras ilusões para golpeá-lo pelas costas?

Alessandro de Paula
@palavratomica

2 comentários:

Anônimo disse...

Alê, meu querido, que bonito, e forte, e intenso. Gostei muitode lê-lo assim! Beijo meu. Lai Paiva

Alessandro disse...

Laine, que bom que causou boa impressão este poema de desconstrução/reconstrução.

Beijo pra ti! :)